A REFORMA DO PONTO DE VISTA DA ECONOMIA E POLÍTICO.

Em relação às questões políticas, existia uma série de reis, nobres e autoridades em geral que estavam interessados em romper o poder secular(Estado) com o religioso. Isso significa que muitos viam o rompimento como uma forma de consolidar ou de assegurar mais poder sem a necessidade de ter que se sujeitar a outra autoridade – no caso, o papa. 

Esses interesses políticos oriundos dos nobres que viram na reforma uma possibilidade de romper o vínculo de autoridade com o papa. 

Por fim, foi imposta a questão dos interesses econômicos, uma vez que a Igreja estipulava a cobrança de impostos de todos seus fiéis.
Nas questões econômicas, há de se destacar que, na região norte da Europa, havia uma insatisfação muito grande com a quantidade de impostos que deveriam ser repassados para a Igreja. Tal questão intensificava-se em um contexto em que as penínsulas Itálica e Ibérica estavam em franco desenvolvimento e enriquecimento, enquanto regiões como a que corresponde à atual Alemanha eram pobres e enfrentavam dificuldades econômicas. 

O processo de centralização monárquica que dominava a Europa desde o final da Idade Média, tornou tensa a relação entre reis e Igreja. 

A Igreja - possuidora de grandes extensões de terra - recebia tributos feudais controlados em Roma pelo Papa. 

Com o fortalecimento do Estado Nacional Absolutista, essa prática passou a ser questionada pelos monarcas que desejavam reter estes impostos no reino. 

Parte dos camponeses também estavam descontente com a Igreja, pois eles também lhe deveriam pagar taxas. 

Em toda Europa, mosteiros e bispados possuíam imensas propriedades e viviam às custas dos trabalhadores da cidade e dos campos. 

A Igreja condenava as práticas capitalistas nascentes, entre elas a "usura" - a cobrança de juros por empréstimos - considerada pecado; e defendia a comercialização a "justo preço", sem lucro abusivo. 

Esta doutrina estava em contra as novas práticas mercantilistas do fim da Idade Média e freava o investimento da burguesia mercantil e manufatureira. 

No entanto, a desmoralização do clero, que apesar de condenar a usura e desconfiar do lucro, veio com a prática do comércio de bens eclesiásticos. 

O clero fazia uso da sua autoridade para obter privilégios e a venda de cargos da Igreja, uma prática chamada de "simonia". Igualmente, muitos sacerdotes tinham esposas, apesar do celibato obrigatório, numa heresia conhecida como "nicolaísmo". 

O maior escândalo foi a venda indiscriminada de indulgências, isto é, a remissão dos pecados em troca de pagamento em dinheiro a religiosos. 

Continua...

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