Na noite da agonia, Jesus ainda dedicou seu presioscísimo tempo , para ceiar com seus discípulos. Na noite da agonia, Ele ainda tenta ensinar algo a eles.

O tempo de sentar a mesa, mesmo diante de grandes agonias. Ele teve tempo para lavar os pés de cada um e mostrar sua humildade, ensinando-nos o amor que devemos ter para com o próximo.

Jesus não será uma mera vítima. Ele forli como um cordeiro para o matadouro, e foi voluntariamente.  (Hb 9.14).

Se alguma vez houve um pavor santo, esse o é. Ele “começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia” (Mc 14.33). Sendo totalmente humano, Jesus confessa: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mc 14:34). “Estando em agonia” (Lc 22.44), ele se prostrou em terra e orou “para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora”.

Tão grande é o seu tormento que “estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc 22.44). Ele oferece “forte clamor e lágrimas” (Hb 5.7). Quando ele se encontrava em fraqueza, “lhe apareceu um anjo do céu que o confortava” (Lc 22.43).

A cada momento que passa, está mais perto do traidor que chega com suas tropas. Jesus será traído pelas mãos dos pecadores, e eles personificarão, para todo o mundo ver, a própria essência do pecado: ataque a Deus, com intenção de matar. Como cada minuto no jardim não pareceria com uma vida inteira?

Angústia, por causa da alegria, Jesus sabia que o próprio inferno estava se aproximando. Então, de que modo ele, como homem, pode abraçá-lo em todo o seu horror?

Antes naquela mesma noite, dissera aos seus discípulos o que a sua hora significaria: angústia, por causa da alegria.

“A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem” (Jo 16.21)

No jardim, Jesus ainda está no outro lado. E, no entanto, fala, em todo o terror e tormento, em toda a sua tristeza e aflição, sentindo apenas alegria suficiente para escolher a alegria que virá. Isaías havia profetizado: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito” (Is 53.11). Somente a obrigação não consegue suportar essa hora. Suportá-la exigirá alegria. “em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz” (Hb 12.2).

Por fim, ele resolve: “não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.42).

Nossa alegria ecoa esse amor, Oojardim de Jesus não será o nosso. A sua hora não será a nossa. Mas tendo sido amados desse modo, como não podemos nos amar uns aos outros? Como não podemos, como beneficiários do sacrifício insubstituível de Cristo, nos esvaziar de nós mesmos pelo bem de outros? Tendo provado tanta plenitude de Cristo, como não podemos alegremente servir a fim de satisfazermos as necessidades de outras pessoas?

Sim, nós amaremos, mas a quinta-feira santa não estimula o nosso amor. Essa é uma noite para nos maravilharmos com o que Jesus abraçou por nós; é uma noite para nos encantarmos com a singularidade do seu amor sacrificial. Imaginem que, enquanto ainda éramos pecadores, ele morreu por nós (Rm 5.8). “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10).

Na “quinta-feira do mandamento”, nós primariamente não assumimos a responsabilidade de nos amar uns aos outros. Nós caímos de joelhos, prostrados em terra, e dizemos:

Foi por mim, no jardim Ele orou: “Não a minha vontade, e sim a tua”.

Não chorou por seus próprios sofrimentos, Mas suou gotas de sangue por mim.

Que maravilha! Que maravilha! E minha canção sempre será: Que maravilha! Que maravilha! O amor do meu Salvador por mim!

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